sexta-feira, 16 de março de 2012

Inside Public Relations













"Governo Lança em Março Plano Nacional de Voluntariado"


O ministro da Solidariedade e Segurança Social anunciou hoje o lançamento, em março, de um plano nacional de voluntariado transversal a várias áreas, que contemple a responsabilidade social das empresas e em que o "Estado dá o exemplo".
"A lei atual do voluntariado não contempla de forma específica algo que hoje é absolutamente fundamental, a responsabilidade social empresarial", adiantou Pedro Mota Soares aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, que decorreu hoje em Lisboa.
O ministro sublinhou a necessidade do reconhecimento da responsabilidade social das empresas mas também da importância de o "Estado dar o exemplo".
"O Estado não pode pedir às empresas que tenham projetos de responsabilidade social e depois não seja o próprio Estado a partilhar essa mesma responsabilidade", sustentou.
"Já existem hoje boas ideias, bons projetos pilotos, temos de ter capacidade de alargar isso dentro do próprio Estado", acrescentou.
Mota Soares adiantou que este plano, que serve de "ponte" entre o ano de voluntariado 2011 e o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, vai envolver vários ministérios e várias respostas públicas, servindo de elo de ligação entre diversas áreas, como a educação, juventude, desporto, segurança social e administração pública".
Sobre a abertura do Ano Europeu em Portugal afirmou que é o "momento ideal" para se fazer uma "reflexão profunda sobre a longevidade e o aumento da esperança média de vida".
Estes fatores são positivos mas colocam um "conjunto de desafios sobre os sistemas sociais e sobre os sistemas que têm a ver com a educação e a formação contínua ao longo da vida", sublinhou.
Citando o Censos 2002, o ministro lembrou que Portugal tem uma população idosa de 19,15 por cento, por contraponto a uma população jovem de 14,89%, e uma esperança média de vida à nascença de 79,2 anos.

Paralelamente ao aumento da esperança de vida, cresce o denominado "envelhecimento dos envelhecidos", com o aumento de pessoas com 80 ou mais anos.
"É impossível ignorar os impactos sociais, económicos e financeiros daí resultantes, parecendo claro que os modelos económicos e sociais dos últimos 50 anos não serão capazes de fazer face ao fenómeno", sublinhou.
Questionado pelos jornalistas sobre se a idade da reforma vai subir até ao final da legislatura, Mota Soares não concretizou, afirmando que está a ser feita "uma reflexão profunda sobre a sustentabilidade a longo prazo da Segurança Social".
O ministro adiantou que há dois pontos importantes: "garantir a manutenção de um sistema de base pública que garanta a todos os trabalhadores que fizeram os seus descontos poderem manter as suas reformas, que sejam dignas relativamente a tudo o que descontaram, mas é muito importante também garantir às gerações mais novas liberdade de escolha na organização do seu futuro".
Neste momento, acrescentou, "estamos a lançar estudos e reflexões para depois podermos começar a envolver um conjunto de parceiros nesta reforma, que deve ser muito participada, moderada e que envolva todos"



Lusa, 28 de Fevereiro de 2012, 17:24 – Consultado em: http://www.rtp.pt/noticias/?article=531160&layout=121&visual=49&tm=8&